Qualidade de vida – Psiquiatra Brasilia http://www.psiquiatrabrasilia.com.br Tue, 18 Dec 2018 18:12:41 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=5.0.21 Insônia e outros distúrbios do sono http://www.psiquiatrabrasilia.com.br/insonia-e-outros-disturbios-do-sono/ http://www.psiquiatrabrasilia.com.br/insonia-e-outros-disturbios-do-sono/#respond Fri, 28 Feb 2014 16:58:02 +0000 http://www.psiquiatrabrasilia.com.br/?p=1233 Autora:  Dra. Gabriela Graciano Dias, Médica Psiquiatra

O estresse da vida moderna tem feito com que as pessoas durmam cada vez menos e os distúrbios do sono têm se tornado uma queixa frequente nos consultórios psiquiátricos.

Eles são classificados, de acordo com a Classificação Internacional dos Distúrbios do Sono (CIDS-2), em:

I. Insônias

II. Distúrbios Respiratórios relacionados ao Sono

Ex: Apneia Obstrutiva do Sono

III. Hiperssonias de Origem Central

Ex: Narcolepsia

IV. Distúrbios do Ritmo Circadiano do Sono

Ex: Jet Lag, Trabalho de Turno

V. Parassonias

Ex: Sonambulismo, Terror Noturno

VI. Distúrbios do Movimento relacionados ao sono

Ex: Síndrome das Pernas Inquietas, Bruxismo relacionado ao sono

VII. Sintomas Isolados, variantes aparentemente normais e de importância não resolvida

Ex: Ronco

VIII. Outros Distúrbios do Sono

Insônia

A insônia pode ser definida como um transtorno caracterizado por dificuldade de iniciar ou manter o sono, despertar precoce ou sono de má qualidade e cronicamente não reparador, resultando em sintomas diurnos, físicos e emocionais, com impacto negativo no funcionamento social e cognitivo do indivíduo.

Os sintomas ocorrem mesmo em vigência de condições adequadas para o sono e os pacientes apresentam pelo menos um dos seguintes sintomas diurnos: fadiga, déficit de atenção, concentração e memória; disfunção sexual, profissional e acadêmica; irritabilidade, sonolência excessiva diurna; falta de motivação e energia; propensão a erros; acidentes no trabalho ou na condução de veículos; cefaleias, tensão e sintomas gastrointestinais; preocupação com o sono.

A privação ou redução do tempo de sono trazem diversos prejuízos ao organismo: alterações do humor, irritabilidade e impaciência, comprometimento da memória e concentração, aumento da liberação de hormônios relacionados ao estresse (Cortisol) contribuindo para o desenvolvimento de hipertensão arterial e outras doenças cardiovasculares, gastrintestinais e pulmonares, além de ansiedade e envelhecimento precoce.

Por isso, é fundamental que os pacientes insones sejam diagnosticados e adequadamente tratados!

Na avaliação da insônia são importantes:

• a identificação de quando e como os sintomas iniciaram e se houve algum fator associado ao início da mesma

• a determinação do curso dos sintomas e os tratamentos já realizados

• a investigação dos hábitos diurnos e noturnos do indivíduo, das condições do quarto e da suspeita de doenças sistêmicas associadas

• o emprego do diário do sono e, em alguns casos, a realização da polissonografia.

 Tratamento

O tratamento da insônia pode ser medicamentoso e/ou comportamental. Os resultados mais satisfatórios ocorrem com a combinação dessas duas modalidades terapêuticas.

Em geral, os medicamentos mais utilizados são os hipnóticos, antidepressivos sedativos, antipsicóticos em baixa dosagem e os benzodiazepínicos (cujo uso crônico não é recomendado, em longo prazo, para essa finalidade).

O tratamento não farmacológico engloba a terapia cognitivo comportamental (TCC), técnicas de relaxamento e medidas de higiene do sono.

 Insônia e Transtornos mentais

A insônia é uma comorbidade em cerca de 90 a 93% dos casos de transtornos mentais graves. Ela tem grande impacto nos resultados do tratamento dessas condições e representa risco de recaída e recorrência.

Em muitos casos, a intensidade dos sintomas do distúrbio do sono é maior que a dos sintomas do transtorno mental subjacente e isso pode fazer com que o paciente procure o médico devido aos problemas de sono e não por causa dos sintomas de depressão ou ansiedade, por exemplo.

Cerca de 25 a 45% dos pacientes com algum transtorno de ansiedade apresentam queixas de insônia grave.

Existe também uma alta associação entre depressão e insônia. Esta é uma queixa residual persistente nos indivíduos deprimidos e um sintoma preditor de recorrência da depressão.

A associação clínica entre insônia e fibromialgia também é frequente. O prejuízo na qualidade do sono relaciona-se de forma recíproca com a dor, podendo ser causa, consequência ou fator perpetuador da condição dolorosa.

Orientações sobre Higiene do Sono

1. Estabeleça horários regulares de sono: tente dormir e acordar todos os dias no mesmo horário, inclusive nos feriados e finais de semana;

2. Não vá para a cama sem sono para tentar dormir. Vá para a cama apenas quando estiver com sono, independente do horário em que isso ocorra;

3. Não passe o dia preocupando-se com a hora de dormir;

4. Não fique controlando o passar das horas no relógio;

5. Evite o uso de estimulantes, principalmente nos períodos vespertino e noturno (café, coca-cola, chá mate, chá preto, chá verde, chocolate, cigarro, energéticos);

6. Evite o consumo de bebidas alcoólicas e outras drogas;

7. Não cochile durante o dia;

8. Procure fazer refeições leves e no máximo até duas horas antes de dormir. Evite a ingestão de grandes volumes de líquidos antes de ir para a cama;

9. Realize atividades físicas regulares e preferencialmente durante o dia (evite praticá-las próximo da hora de dormir);

10. Evite atividades estimulantes à noite, como o uso de computadores, televisão, leitura, etc. (Apenas para poucos insones a TV e a leitura podem estimular o sono);

11. Evite qualquer comportamento diferente de dormir ou fazer sexo no quarto/cama (não se alimentar, ler, estudar, trabalhar, assistir tv ou usar o computador na cama/quarto);

12. Certifique-se do conforto de seu quarto e da qualidade de seu colchão e travesseiro. Mantenha seu quarto limpo, organizado, arejado, silencioso e com pouca luz;

13. Avalie periodicamente sua saúde (roncopatia, apneia do sono, refluxo gastroesofágico, dores em geral, depressão e ansiedade podem prejudicar o sono);

14. Mantenha uma agenda de preocupações, onde possa anotar diariamente, antes de sentir sono, suas preocupações e pendências;

15. Algumas pessoas naturalmente dormem menos que outras! Isto não significa ter insônia.

16. Não crie expectativas irreais e imediatistas em relação ao tratamento. Não existem medicações milagrosas e o sucesso do tratamento depende, sobretudo, de você!

Para maiores informações, consulte um psiquiatra.

 Referências:

Associação Brasileira do Sono – www.absono.com.br

III Consenso Brasileiro de Insônia – 2013

Diretrizes para o diagnóstico e tratamento da Insônia

Classificação Internacional dos Distúrbios do Sono (CIDS)

 

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Mulheres que não conseguem desacelerar http://www.psiquiatrabrasilia.com.br/mulheres-que-nao-conseguem-desacelerar/ http://www.psiquiatrabrasilia.com.br/mulheres-que-nao-conseguem-desacelerar/#respond Wed, 15 Jan 2014 16:47:55 +0000 http://www.psiquiatrabrasilia.com.br/?p=1212 A revista Womens’Health fez uma matéria na qual fui entrevistado sobre mulheres aceleradas, que não conseguem fazer uma pausa. Excelente matéria da Cristina Nabuco.

Na entrevista alertei sobre algumas doenças que podem estar por trás de tais comportamentos, dentre elas a ansiedade generalizada e o déficit de atenção e hiperatividade.

Você pode ver a reportagem completa na edição de janeiro:

Dr. José Hamilton Women's Health

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Psiquiatra dá dicas sobre concursos e vestibular http://www.psiquiatrabrasilia.com.br/medico-psiquiatra-df-dicas/ Wed, 25 Jun 2008 14:33:33 +0000 http://hamilton.bancodesaude.org/2008/06/25/medico-psiquiatra-df-dicas/ Dr. José Hamilton, médico psiquiatra especialista em qualidade de vida, concedeu entrevista ao jornal Correio Brasiliense sobre como se preparar para uma das provas mais concorridas do país, o vestibular da Universidade de Brasília.

Chama atenção a pressão e o nível de ansiedade pelos quais estão expostos os candidatos. Na véspera do vestibular é importante “arejar” a mente com atividades não relacionadas aos estudos, como atividades físicas leves, filmes e outras formas de lazer.

O cérebro não funciona sob pressão, pelo contrário, é preciso diversificar os interesses para que evitar os famosos brancos durante a prova causados pela ansiedade.

Veja reportagem completa de Diego Amorim no site do Corrreio Brasiliense.

Dr. José Hamilton
Médico Psiquiatra CRM 12149

Centro de Psiquiatria de Brasília localizado na SGAS 910 Bl. A Sala 109 Ed. Mix Park – Asa Sul – Brasília – DF.
Psiquiatra Brasília DF

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As 10 Regras Nutricionais da Perda de Peso http://www.psiquiatrabrasilia.com.br/as-10-regras-nutricionais-da-perda-de-peso/ Mon, 19 May 2008 17:03:42 +0000 http://hamilton.bancodesaude.org/2008/05/19/as-10-regras-nutricionais-da-perda-de-peso/ A Nutricionista Nancy Clark reúne aqui as 10 dicas mais importantes para aqueles que desejam perder peso sucesso.

1. Para perder 05kg de gordura corporal por ano, você precisa ingerir 100 calorias a menos por dia. Cortar calorias de forma exagerada de sua ingestão diária acabará reduzindo seu nível de energia e aumentando muito sua fome, tornando você mais suscetível a lanches de alto valor calórico.

2. Não pule o café da manhã. Alimente-se nas primeiras duas horas do seu dia.

3. Na verdade, coma mais no café da manhã do que você acha que deveria.
Transfira a maioria das calorias do jantar para o café da manhã.

4. Não permita que seu organismo sinta fome.
Alimente-se pelo menos a cada 04 horas, e divida seu lanche ao meio para ter certeza que você esteja alimentado pré e pós exercício. Por exemplo, coma uma banana 30 minutos antes de praticar uma caminhada e uma torrada integral quando terminar.

5. Inclua sempre alimentos ricos em fibras primeiro.
Seu prato ou lanche terá sempre frutas, verduras, feijão, grãos integrais e seus derivados como prioridade. Em seguida entram os peixes, aves e carnes magras. Por último as massas brancas, arroz branco, batatas, mandiocas.

6. Seu objetivo deve ser a perda gradual de gordura corporal.
É mais fácil voltar a ganhar peso, quando se perde rápido demais.

7. Calorias líquidas são rapidamente absorvidas e podem levar ao aumento de peso.
Minimize a quantidade de refrigerantes, sucos, café e álcool.

8. Procure alimentos naturais e não industrializados.
Coma mais frutas, verduras, legumes, grãos e alimentos integrais. Comidas industrializadas, como pão branco, massas brancas não possuem fibras, por isto são menos saciadores. Doces e sorvetes devem ser degustados em pequenas quantidades, não como parte contínua de uma alimentação.

9. Se você não resistir a um fast food, procure por informações nutricionais no cardápio.
Para que você possa escolher lanches menos calóricos. Evite aqueles com palavras “fried” (frito), “crispy” (frito a milanesa), molho especial (gordura vegetal hidrogenada) pois são ricos em calorias.

10. Lembre-se que as barras de cereais nem sempre trazem as fibras que prometem, nem são isentas em calorias.
Procure escolher observando os ingredients e informações nutricionais, buscando aquelas sem gordura TRANS e com maiores quantidades de fibras por porção.

Fonte: Artigo adaptado do original em inglês de Nancy Clark da Runners world Magazine.

Dr. José Hamilton
Médico Psiquiatra CRM 12149

Centro de Psiquiatria de Brasília localizado na SGAS 910 Bl. A Sala 109 Ed. Mix Park – Asa Sul – Brasília – DF.
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