Novos tratamentos para ansiedade


O que é ansiedade?

Conceito: Ansiedade é um sentimento de tensão relacionado a alguma expectativa. Todo ser humano preocupa-se em relação a uma determinada situação, sendo que as emoções e sensações que estes pensamentos despertam podem ser englobadas dentro da ansiedade.

Como saber se a ansiedade é normal?

Em psiquiatria são utilizados alguns critérios que indicam que uma determinada sensação não está normal, dentre eles:

  • O quadro afeta o funcionamento do indivíduo, interferindo em suas atividades diárias, no trabalho, nos relacionamentos ou no lazer. Por exemplo: O estado de ansiedade dificulta a concentração no trabalho ou que se possa aproveitar um fim de semana com a família.
  • O quadro passa ter uma relação diferente com os eventos cotidianos. Por exemplo: Um compromisso no dia seguinte gera preocupações excessivas e prejudica a noite de sono, algo que não acontecia anteriormente.

Tipos de ansiedade:

Existem tipos de ansiedade que se apresentam na forma de transtornos:

  • Ansiedade generalizada: Persistente que não ocorre exclusivamente nem mesmo de modo preferencial numa situação determinada (a ansiedade é “flutuante”). Os sintomas essenciais são variáveis, mas compreendem nervosismo persistente, tremores, tensão muscular, transpiração, sensação de vazio na cabeça, palpitações, tonturas e desconforto epigástrico. Medos de que o paciente ou um de seus próximos irá brevemente ficar doente ou sofrer um acidente são frequentemente expressos.
  • Transtorno de pânico: A característica essencial deste transtorno são os ataques recorrentes de uma ansiedade grave (ataques de pânico), que não ocorrem exclusivamente numa situação ou em circunstâncias determinadas mas de fato são imprevisíveis. Como em outros transtornos ansiosos, os sintomas essenciais comportam a ocorrência brutal de palpitação e dores torácicas, sensações de asfixia, tonturas e sentimentos de irrealidade (despersonalização ou desrrealização). Existe, além disso, frequentemente um medo secundário de morrer, de perder o autocontrole ou de ficar louco. Não se deve fazer um diagnóstico principal de transtorno de pânico quando o sujeito apresenta um transtorno depressivo no momento da ocorrência de um ataque de pânico, uma vez que os ataques de pânico são provavelmente secundários à depressão neste caso.
  • Fobias: Grupo de transtornos nos quais uma ansiedade é desencadeada exclusiva ou essencialmente por situações nitidamente determinadas que não apresentam atualmente nenhum perigo real. Estas situações são, por esse motivo, evitadas ou suportadas com temor. As preocupações do sujeito podem estar centradas sobre sintomas individuais tais como palpitações ou uma impressão de desmaio, e frequentemente se associam com medo de morrer, perda do autocontrole ou de ficar louco. A simples evocação de uma situação fóbica desencadeia em geral ansiedade antecipatória. A ansiedade fóbica frequentemente se associa a uma depressão.
  • Transtorno obsessivo-compulsivo: Transtorno caracterizado essencialmente por idéias obsessivas ou por comportamentos compulsivos recorrentes. As idéias obsessivas são pensamentos, representações ou impulsos, que se intrometem na consciência do sujeito de modo repetitivo e estereotipado. Em regra geral, elas perturbam muito o sujeito, o qual tenta, frequentemente resistir-lhes, mas sem sucesso. O sujeito reconhece, entretanto, que se trata de seus próprios pensamentos, mas estranhos à sua vontade e em geral desprazeirosos. Os comportamentos e os rituais compulsivos são atividades estereotipadas repetitivas. O sujeito não tira prazer direto algum da realização destes atos os quais, por outro lado, não levam à realização de tarefas úteis por si mesmas. O comportamento compulsivo tem por finalidade prevenir algum evento objetivamente improvável, frequentemente implicando dano ao sujeito ou causado por ele, que ele(a) teme que possa ocorrer. O sujeito reconhece habitualmente o absurdo e a inutilidade de seu comportamento e faz esforços repetidos para resistir-lhes. O transtorno se acompanha quase sempre de ansiedade. Esta ansiedade se agrava quando o sujeito tenta resistir à sua atividade compulsiva.

Tratamento da ansiedade:
O tratamento da ansiedade passa essencialmente pelo diagnóstico correto realizado por médico psiquiatra. Pode ser necessária a realização de exames complementares para identificar fatores bioquímicos, hormonais e até lesões no sistema nervoso central que possam estar desencadeando o quadro ansioso.

Os novos tratamentos para ansiedade, em termos farmacológicos, são baseados em medicamentos que não causam dependência, os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS). Estes medicamentos agem regulando os neurotransmissores, principalmente a serotononina e a noradrenalina, ao invés de apenas tranquilizar o indivíduo como era feito há muito tempo.

O tratamento psicoterápico é baseado no desenvolvimento de técnicas de gerenciamento do estresse, resolução de conflitos, auto-conhecimento e auto-relaxamento. Uma das psicoterapias comumente empregadas é a psicoterapia cognitivo-comportamental, realizada por psicólogo especializado.

Medidas comportamentais são de grande importância, como a prática de atividades físicas.

Todo tratamento deve ser orientado pelo seu médico e conduzido de forma personalizada.

Dr. José Hamilton
Médico Psiquiatra CRM 12149

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Psiquiatra Brasília DF